Confira entrevista com o diretor da modalidade de Tiro a Bala da Federação Gaúcha de Caça e Tiro, Thorel Neumann.
1 - Como surgiu a oportunidade para integrar a atual gestão da Federação, na função de Diretor da Modalidade de Tiro a Bala da FGCT?
Foi há cerca de um ano atrás, em um período de troca de gestão tanto a âmbito estadual como nacional no comando das provas de Tiro a Bala, aceitei a indicação do meu antecesor feita ao presidente da FGCT.
2 - No que consiste o trabalho e quais as principais ações dos organizadores das provas?
Realmente é um trabalho abrangente, muitas vezes as pessoas que participam não se dão conta de todo o trabalho realizado nos bastidores, que vai desde a aquisição de alvos, validação de datas para não coincidir provas, estruturação logística dividindo as provas em horários que permita a maior participção dos atiradores. Sem contar a questão da alimentação, infra-estrutura do local e segurança da linhas de tiro. Ainda temos a questão da divulgação dos eventos, onde usamos o contato pessoal e a internet para atingir o maior número de pessoas possíveis.
3 - Quais os seus principais objetivos para serem realizados na modalidade em conjunto com a atual gestão da FGCT?
Estamos buscando inovação e renovação. Além de facilitar a participação de atiradores com o trabalho de descentralização das provas, tornando as provas realizadas nos clubes de todo Estado válidas para o ranking estadual. Também estamos criando novas modalidades de entrada ao tiro de precisão, como é o caso do Field Target, onde o atirador com um Carabina de Pressão muito simples pode participar. Essa modalidade é ideal para a pratica em família, envolvendo pais e filhos em um local seguro e agradável. Desta forma acreditamos que um número maior de pessoas venha a se interessar pelo esporte.
4 - Como está o nível técnico e o número de participantes nesta temporada nas diferentes modalidades do ranking?
O nível técnico no estado está melhorando a cada ano, se compararmos com os resultados de anos anteriores veremos que os índices estão subindo, o que é reflexo da competitividade em consequência de um aumento de participantes. Em nível Brasil nossos atiradores pularam mos de posições inferiores para de médias a de ponta na tabela, por exemplo nosso campeão gaúcho de pistola de AR, Marcus Santos, ficou com o terceiro lugar de sua categoria no último campeonato brasileiro realizado em novembro de 2010.
5 - O que é preciso para o nosso esporte se popularizar?
Muitas vezes as pessoas acham que não podem atirar por não terem equipamentos, ou achar que é dificil conseguir os documentos necessários para se ter armas, ou ainda tem pessoas que possuem armas mas acham que para um revolver calibre 38 não tem provas para competir. Temos provas para todos os tipos de armas, carabinas e pistolas de pressão, carabinas 22 mira aberta e com luneta, revólver e pistola de varios calibres podem ser usadas em provas estaduais e até nacionais.
6 - O tiro a bala é um esporte muito preciso e literalmente milimétrico. Quais os requisitos para se tornar um bom atirador?
É preciso muita vontade, pois a técnica se aprende. Se olharmos um atirador de carabina mirando um alvo minúsculo a 50 metros de distância vamos achar que aquilo é muito difícil, mas na verdade o que difere ele de quem esta olhando é treino e perseverança.
Então o tiro de precisão requer apenas vontade de aprender e dedicação nos treinos.
Para finalizar, gostaríamos de aproveitar para convidar os associados e pessoas interessadas em tiro ao alvo para participarem de provas e treinos. Tanto em Porto Alegre como no interior do Estado existem vários clubes de tiro. Termino dizendo que o tiro de precisão é emocionante, pois é uma disputa consigo mesmo em busca da perfeição.